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Sobre o projeto

Idealizado pelo músico, produtor e diretor Betão Aguiar, Mestres Navegantes é um projeto que registra manifestações musicais da cultura popular pelo Brasil.

Uma jornada investigativa que desde 2007 pesquisa e difunde a ancestralidade, a religiosidade, as tradições orais e as raízes culturais do país através da produção de discos, filmes, fotografias e textos, ampliando o alcance e estimulando a continuidade desses saberes. Até hoje, foram produzidos 20 filmes documentários; 29 discos, com cerca de 650 faixas contendo obras musicais de aproximadamente 120 mestres e grupos, habitantes de mais de 50 cidades diferentes; programas de rádio; textos e um amplo acervo fotográfico com centenas de imagens. Cerca de 65 mil cópias de cds foram distribuídas de graça entre os participantes do projeto, escolas e bibliotecas das cidades visitadas e todo o acervo pode ser acessado gratuitamente na internet. Considerado um dos maiores acervos artísticos da cultura popular brasileira, Mestres Navegantes foi comparado por especialistas da área cultural e pela imprensa às “Missões de Pesquisas Folclóricas”, de Mário de Andrade e, em 2013, o projeto foi eleito o 4o melhor projeto de música do mundo pelo jornal The New York Times.

Mestre é um ser humano sabedor, detentor de um saber. É aquele que representa, mantém, apresenta e garante a continuidade de tradições populares únicas, musicais, folclóricas, religiosas, de artesanato. Seja um mestre de reisado, seja uma parteira ou uma rezadeira, são pessoas que detém essa cultura, ensinam e incentivam as gerações mais novas a dar continuidade a essas sabedorias. Pesquisar e registrar suas obras é uma forma de entender nossa história. Difundi-las nos meios digitais é assegurar sua permanência. Fazer delas material de trabalho para jovens é permitir sua apropriação. Inseri-las em contextos novos é possibilitar sua recriação e circulação, respeitando integralmente a fonte cultural original.

 

O projeto Mestres Navegantes estimula o reconhecimento da música que brota em regiões de pouca visibilidade no país. Traz à tona e valoriza a função social e a importância do Mestre em sua comunidade, fundamentais na preservação dessas manifestações. São músicos e artistas de grandiosas obras que não conhecem muito da lógica do mercado musical e da indústria do entretenimento, e que fazem de sua música algo intuitivo e ideologicamente maior,  mais ligado aos rituais, ao convívio e aos festejos familiares. 

 “...Mestres navegantes, certamente acontecimento fundamental na rede que busca reequilibrar a biodiversidade cultural do país hoje. Precisamos acompanhar atentamente seu desenvolvimento... Não exagero: a existência de “Mestres navegantes” justifica plenamente a batalha de “Música do Brasil”, que sempre foi pensado como incentivo para que outros coletivos caíssem na estrada.... fazendo mais gente escutar a riqueza estonteante de invenções brincantes/festivas que nosso país criou e não para de criar.” Hermano Vianna - O Globo.

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